Pesquisas indicam que o Canário Yorkshire tem uma origem bastante diversificada.
O seu desenvolvimento remonta a meados dos anos 1800, na Inglaterra.
Tem a sua origem no condado de York.
Há referências aos canários criados no Condado de York a partir de 1820.
Em 1894, o Yorkshire Canary Club foi formado, criando então o 1° padrão desta raça.
Utilizando os pássaros existentes e o Canário Bossu Belga e, posteriormente, o Lancashire, os criadores conseguiram um pássaro relativamente grande, esguio e de posição erecta mas que dificilmente chegava ao padrão desejado.
Em 1927, Vowles desenhou o segundo modelo com a cabeça mais volumosa, nuca, dorso e cauda alinhados, peito mais proeminente mas com a posição erecta original.
Em 1961, Golding desenhou o modelo que é adoptado até hoje, onde o prolongamento do dorso não se alinha com a nuca, a cauda parece pressionar as asas para cima, peito com curvatura acentuada, mantendo ainda a posição erecta original.
Em homenagem a esse criador, tal padrão passou a ser chamado Golding e, em 1968, foi adotado pela maioria dos clubes ingleses.
O tipo Continental, começava assim a desaparecer do solo britânico.
Porém, o resto da Europa não comungava do mesmo pensamento. A COM-HN continuava reconhecendo o padrão Continental como sendo o oficial.
Somente em 1974, durante o congresso da OMJ – Ordem Mundial e Juízes, em Antibe, o padrão “Golding” é estudado e debatido, mas as opiniões de mudança não foram unânimes.
Contudo, dois paises Europeus Continentais começaram a experimentá-lo: Bélgica e Itália.
Em 1987, uma nova reunião, dessa vez no mundial em Roeselare, Bélgica, propõe que os dois padrões sejam reconhecidos oficialmente. Porem, houve negativa da maioria dos juízes por considerar que um canário não deveria possuir dois tipos de standard.
Finalmente, em maio de 1991, em reunião técnica extraordinária da OMJ, o padrão Golding ganha aceitação da maioria dos juízes e em janeiro de 1993, no mundial da Holanda, a COM/HN interrompe a polêmica e o reconhece oficialmente.
Hoje, os criadores europeus o chamam de Yorkshire Moderno.
Hoje em dia sabe-se que o Canário Yorkshire tem também no seu padrão genético a influência da raça de Canário Norwich, além das citadas acima.
Assim o Canário Yorkshire foi desenvolvido a partir do cruzamento do canário Bossu Belga com o canário Lancashire e o canário Norwich.
Buscou-se adicionar tais qualidades destas raças no Yorkshire, como comprimento, cor e qualidade de penas, vigor e postura.
O canário Yorkshire na actualidade é um canário grande, com uma atitude atenta e arrojada, excelentes penas, e um corpo distintivo e gracioso.
O canário Yorkshire é uma raça de porte, criado pela sua aparência física e não tanto pela cor ou canto. Este é um dos maiores canários, alcançando comprimentos de mais de 17 centímetros.
Tem uma atitude erguida, respirando altivez.
As patas devem ser longas e as coxas visíveis.
A plumagem deverá ser compacta, curta e bem cerrada.
As asas devem ser proporcionalmente longas e simetricamente inseridas de cada lado do eixo do dorso, tocando numa cauda compacta e bem fechada.
A cabeça é cheia e redonda.
A nuca é larga, alinhada com o topo dos ombros e do dorso.
O bico curto.
Os olhos deverão estar tão perto quanto possível do centro da cabeça.
Os ombros são largos, redondos e bem inseridos e emergindo gradualmente da cabeça.
O peito é largo e profundo.
O corpo deverá ser totalmente arredondado e afunilando gradualmente (dorso e ventre) em direcção à cauda.
O ventre e parte inferior da cauda formam uma linha recta.
A cor deve ser pura e bem repartida, no caso de coloração artificial.
Todas as cores são admitidas.
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